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31 de out. de 2011

Devaneios de uma mulher aflita.

    
    Segunda feira, 07:00 da manhã, e eu aqui, sentada na frente do notebook, escrevendo em meu blog como se fosse um diário... E é, meu blog foi feito com essa intenção, sempre fui adepta de um bom e antigo diário... Mas, como eu gosto de escrever bastante, as páginas em papel, do pequeno caderno, não são o suficiente para isso, ainda que resumidamente eu escrevesse nele.
    O bebê acordou cedo, tomou a mamadeira, brincou bastante e acabou de dormir, a Luiza, de 6 anos, já foi para o colégio, levantei a arrumei, coloquei aquela tiarinha no cabelo que ela tanto gosta, um brilhinho nos lábios que é exigência diária e foi com o pai.
    Segunda feira.. segunda feira, começa toda rotina novamente. Acordar, cuidar das crianças, cuidar da casa, do almoço.
     Depois que completei os 6 meses de licença gestante, fui demitida do meu novo e breve emprego, aliás, demitida não, exonerada por fim do contrato, ou seja, os quatro anos de contrato desse emprego expeliram exatamente em 12 de dezembro, então, como eu havia ganhado neném naqueles dias, recebi minha licença por mais 5 meses que era meu de direito e estava feliz da vida, aproveitando cada dia que eu não tive, antes com minha primeira filha, e agora, o aproveitava com o bebê.
    Presenciei ele sentando, o primeiro dentinho, e o segundo e o terceiro... A primeira palavrinha, os primeiros passos, com 10 meses ele andou. Quase não dormia à noite, porém tirava meus cochilos durante o dia enquanto o fazia dormir... sorrir, brinquei, amei. Mas, infelizmente, nem tudo são flores e o orçamento de casa começou a pesar para o meu marido, antes que era só festas e idas diárias em restaurantes para sair um pouco de casa com o bebê, transformou-se em: o que faremos para o almoço? E eu, na beira do fogão preparando a janta enquanto o bebê chorava no chão.
    Graças a Deus que meu marido foi promovido e hoje tem um salário razoável que ameniza a situação da receita da família, enquanto eu não arrumo um novo emprego.
    É porque para uma mulher que sempre trabalhou fora o dia todo e passou bastante tempo estudando, se deparar agora, somente com afazeres doméstico e infantis? Não estou sabendo lidar com isso... Sempre acordei nas segundas feiras escolhendo a roupa que eu iria usar naquele dia, o brinco que combinaria, a bolsa, se era aquela grandona que cabe tudo ou aquela menorzinha e mais discreta que é um charme?  Nossa, essas sempre foram minhas preocupações!  E agora? Agora segunda feira? Estou ainda de pijama, nem o café da manhã eu tomei, entretando, estou bem esperta e disposta, disposta? Pra quê mesmo? Para uma segunda feira que não me preocuparei com a roupa, nem o sapato e nem a bolsa. A preocupação de hoje é: será que a aranha que eu fiz para o projeto de ciências da Anna Luiza ficou boa? Será que o feijão cozido que está na geladeira é suficiente para o almoço? O que farei de mistura hoje? Qual o cardápio para amanhã e depois de amanhã? Como farei para tirar aquela manchinha  de jamelão do casaco do bebê?
    Para uma mulher que nasce e cresce com um intuito, um objetivo na vida, e o segue inteiramente, fica muito difícil de lidar com ele quando a situação fica diferente daquilo que planejou... quando acontece uma mudança na vida de alguém, há sempre dois lados: o bom e o ruim, cabe a nós usufruir do bom e conviver aprendendo com o ruim. É, porque até o lado ruim tem sua parte boa, é que depois de vivermos ele, aprendemos bastante daquilo que não sabíamos ou achávamos que era ruim até conhecê-lo.
    Segunda feira... quisera eu que fosse outro dia, quisera eu que tudo fosse diferente... Poderia ser diferente, com meus filhos, com meu marido, uma boa estabilidade familiar e econômica... poderia ser diferente nessa segunda feira.

Pensamento: E no fim, tudo dá certo... se não deu, é porque ainda não é o fim.

2 comentários:

Paula Araujos disse...

Segunda feira, segunda feira, não fosse esse dia seria outro, mas de qualquer forma, é um dia qualquer... ou dia de feira ou de fim de semana.

Ceiça disse...

Paula, o que é jamelão? Aliás onde tu achou jamelão para da pro jamjam? Que vitamina pode ter uma coisa chamada jamelão? Nao posso imaginar que uma fruta ou sei lá o que, com nome de puxador de samba pode bom...kkkkkkk
Muié ultimamente quando vou reclamar da vida e penso assim: "poderia ser Pior" sei q as coisas as vezes nao saem como queremos ou sonhamos...mas acredite que tem outras pessoas que desejaria muito ter a vida que temos, assim como nós em algum momento desejamos ter a vida de outras...e assim a vida vai seguindo...algum pensador ou poeta já disse: " O segredo nao é correr atrás das borboletas, é cuidar do jardim para que elas venham até você".
bjus da cumadreamigacunhada...