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24 de mar. de 2016

Para Quem São os Aplausos?



Oiê, meninas!

Então,

Segundo estudiosos, os aplausos surgiram há mais de 3.000 anos, há relatos de que homens da caverna comemoravam suas caças bem sucedidas dando cabeçadas uns nos outros, ate que finalmente resolveram mudar as batidas para as mãos, a fim de evitar a dolorosa comemoração.

Relatos apontam os aplausos como conotação religiosa, onde tribos pagãs invocariam seus deuses com esse ritual. Seguindo a historia da Grécia antiga, que usavam os aplausos nas platéia de espetáculos teatrais invocando os espíritos protetores das artes.

Já no Império Romano, todas as vezes que autoridades faziam aparições publicas, as pessoas usavam o gesto como aprovação da aparição .

A partir do século 18 e 19, quase todos os teatros de Paris contratavam pessoas para aplaudir os espetáculos, e iniciativa como essa é usada ate hoje em programas de auditórios, e ate com políticos que levam seus cabos eleitorais para esquentar seus comícios.

Mas e nós? Por que gostamos tanto de ser reconhecidas? Por que é tão importante ser aceita? Por que damos tanto valor à opinião do outros e esperamos ser aplaudidas por nossas ações?

Van Gogh, o grande artista, foi um dos poucos que buscou esse reconhecimento. Ele pintava seus magníficos quadros, que não eram vendidos, ninguém reconhecia o trabalho que ele realizava, entretanto, ainda assim ele continuava, mesmo na miséria, sem casa, passando fome, doente... ele continuou exercendo o cansativo trabalho por que o fazia por prazer, fazia porque gostava de pintar.

Aos 33 nos ele cometeu suicídio, deixando uma carta para seu irmão que dizia:

“Eu não estou cometendo suicídio por desespero. Eu estou cometendo suicídio por não mais existir qualquer motivo para continuar vivendo – o meu trabalho está concluído. Além disso, tem sido difícil encontrar alternativas para meu sustento. Até aqui as coisas estavam indo bem, porque eu tinha algum trabalho para fazer, algum potencial dentro de mim precisava se exteriorizar, tinha que florescer. De modo que agora, não há sentido em viver como um mendigo. Eu ainda não tinha pensado e nem mesmo tinha olhado para isso, mas agora essa é a única coisa a ser feita. Eu floresci até o meu limite máximo, eu estou realizado, e agora parece ser apenas uma estupidez ficar me arrastando, procurando alternativas de sustento. Por que razão? Para mim isso não é um suicídio; eu apenas cheguei a uma realização, a um ponto final e alegremente estou deixando o mundo. Alegremente eu vivi e alegremente estou deixando o mundo."

Infelizmente ele tomou a trágica iniciativa de tirar a própria vida. Além de deixar sua família desesperada com tamanha perda, ainda jogou pro alto o sacrifício de Jesus na cruz dando a própria vida para salvar a dele. Não valorizou esse ato de amor... Mas ele sabia disso? Acreditava no sacrifício de Jesus na cruz? Talvez não! Por isso acabou desistindo e tirando a própria vida.

E depois disso? Depois o reconhecimento veio, após quase um século, suas pinturas passaram a valer milhões de dólares, contudo, ele não estava mais aqui para usufruir do resultado do grande sacrifício. Diferente da maioria, que às vezes comete o suicídio ou ficam depressivos porque não recebem o reconhecimento que tanto desejam.

Temos que nos enxergar, ver realmente se o que estamos fazendo é para buscar reconhecimento das pessoas ou porque gostamos ou precisamos fazer. Certamente, será muito mais fácil acertar o trabalho, continuar realizando as duras tarefas se as fizermos por prazer, sem buscar reconhecimento de ninguém.


Não podemos trabalhar como se o nosso serviço fosse transmitido ao vivo na televisão para vários olhares curiosos e sensacionalista que nos encheriam de aplausos, como se a câmera da vida tivesse voltada pra gente, como se mostrasse os bastidores da gravação de um jornal diário e, com isso, precisássemos nos preparar o tempo inteiro para sermos vistas e reconhecidas cotidianamente.

Quando fazemos algo que gostamos, esse ato deixa de ser um peso. Já não é mais visto como um trabalho, mas como uma tarefa prazerosa, mesmo que seja cansativa! Mesmo sem reconhecimento, a tarefa é terminada e continuada no dia seguinte, diariamente na vida de mulheres que dão duro o tempo todo em casa e no trabalho sem reconhecimento algum.

À todas mulheres, donas de casa, mães, estudantes, trabalhadoras formais e informais, profissionais e desempregadas, o meu maior aplauso vai para vocês!

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