O Brasil não detêm acessibilidade aos serviços indispensáveis ao desenvolvimento social para toda a população, mesmo figurando entre as maiores nações em termos de geração de riqueza, continua revelando elevados índices de desigualdade social, sem apresentar qualquer delineamento de politicas sociais que possa mudar esse cenário, no sentido de construir uma sociedade mais equitativa.
Com a Pandemia do Covid-19(Coronavirus), a precaridade do Sistema se destaca, sobretudo nos eixos da Saúde, Economia e Educação. A Saúde com serviços limitados, a Educação sem estrategias de atendimento igualitário para mais de 48 milhões de alunos matriculados, desde o ensino básico infantil ate o ensino médio, segundo o Censo de 2019, e a Economia, com a fragilização dos vínculos empregatícios e o desemprego, vindo a somar à herança de um mercado de trabalho amplamente baseado no setor informal, cuja parcela predominante da população já não tinha proteções sociais do governo, e agora com a suspensão das atividades comerciais, na maioria informais, veio a colapsar.
Essa instabilidade comercial, unida a falta de medidas efetivas de redistribuição de renda, alem de agravar as necessidades imediata da população mais vulnerável, aumenta as desigualdades sociais, destacando a separação da sociedade em dois grupos: os ostensivos ícones de riqueza, com privilegio de aguardar seus salários caírem em contas bancarias, no conforto e segurança de suas casas, e a grande massa operaria, que precisa enfrentar ônibus lotado diariamente para garantir seus empregos e renda, e levar o Pão Nosso de cada dia para suas mesas.
Mas nosso post de hoje é sobre o desafio dos pais (meros mortais em dias de distanciamento social), que alem de sofrerem a pressão psicológica do trabalho com possíveis demissões e imposição de ferias coletivas, (privilegio para os que ainda tem trabalho), porque boa parte da população que depende do serviço informal esta confinada para se proteger de possíveis contaminações. Contudo, esta sendo vedada dos direitos de ir e vir em busca do seu provento. Carecem ainda de saberes e criatividade que não tem para ajudar na manutenção do aprendizado de seus filhos isolados em casa. Muitos pais com três ou quatro crianças,
e em series escolares diferentes uma das outras, o que dificulta ainda mais essa tarefa.
e em series escolares diferentes uma das outras, o que dificulta ainda mais essa tarefa.
Não podemos transferir a responsabilidade do Estado e do professor para os pais. Nessa condição de calamidade publica que o mundo todo enfrenta, com 9 de cada 10 alunos fora da escola, segundo a OMS - Organização Mundial da Saúde, o ensino domiciliar não vem para substituir a escola, mas tem o objetivo de conscientizar os alunos que este período não é de ferias escolares, mas para manter o aprendizado obtido para não se perder com a ociosidade, e tentar dar andamento na proposta curricular do bimestre(se é que isso e possível).
Falar em Homeschooling com filho matriculado em escola particular não e tao difícil, visto que as escolas conseguem manter em dia o conteúdo pedagógico proposto para o bimestre, com plataformas de ensino a distancias, aplicativos de atividades, e interação com a classe; todavia, quando nos deparamos com a gama de alunos matriculados em escolas publicas que não usufruem do privilegio de assistir uma aula pela internet, ou, mesmo com acesso escasso de alguns, quais escolas tem mantido rotina com atividades escolares? Esse cenário é atípico tanto para pais, alunos e até professores, que estão se reinventando afimde dar continuidade ao exercício escolar de forma remota, entretanto, esse serviço não tem sido acessado por muitos, senão a maioria de crianças e jovens.
Agora pensa na sua cabeça! Uma senhora não alfabetizada que precisa ajudar o filho ou o neto na construção de frases para um exercício do 3° ano? Ou mesmo um pai com maior instrução escolar para auxiliar a filha do Ensino Médio, calcular o volume de alumínio em decímetros cúbicos? Tarefa difícil ou quase impossível para a maioria! Então o que pode ser feito?
Nesse momento de ócio, mas com constante preocupação é preciso estabelecer uma rotina, refletindo no tempo-espaço-conteúdo-ambiente:
- Passar uma atividade escolar sempre no mesmo horário (De preferencia pela manha);
- Montar plano de estudo para não sobrecarregar a criança ( 1 ou 2 disciplinas por dia);
- Detalhar assunto / tema a ser estudado (buscar no próprio livro ou caderno da criança);
- Criar ambiente longe de distração e ruídos (com mesa e cadeira, se for possível).
- Incentive os mais velhos a darem aula para os mais novos, de forma que haja interação de todos no aprendizado, considerando que aquele que ensina também aprende, relembrando conteúdos já estudado, e, se não tem nenhum morador dessa família que consiga auxiliar o aluno em series mais avançadas com conteúdos mais difíceis, busque ajuda com outros membros da família em contatos via vídeo chamada, em vídeo aulas no youtube, ou cobre dessa criança mais velha, que ao menos faça leituras e atividades do material particular e assista as aulas pela TV Justiça, com programação matinal de segunda a sexta feira para toda as series escolares.
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