"Amigos"

 Olá gente! Hoje estou afiada... rrsrrs... Nem vou me desculpar por tamanha ausência, pois a mais prejudicada com a distancia fui eu mesma, porem aproveitei a solidão para escrever, pois quando estou sozinha eu sou mais forte. E como diz a escritora Clarice Lispector, "Escrever é procurar entender e reproduzir o irreproduzível, é sentir até o fim o sentimento que permanecia apenas vago e sufocador", (grifo meu). 

"Sim, minha força está na solidão, não tenho medo de chuvas, tempestades, das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite"      Clarice Lispector.

Então...

     Depois de tanto tempo sem escrever, sendo apenas esposa, mãe, estudante e profissional, acabei perdendo a
intimidade com as letras, contudo, quando volto a escrever, a caneta simplesmente desliza no papel como uma adolescente apaixonada patinando no gelo... Imaginaram a cena? Eu também!

A  Bella Swan pensando no vampiro Eduard Cullen, hehehe.

     É sempre assim quando escrevo, voltamos a nossa querida Clarice: "É curioso como não sei dizer quem eu sou. Quer dizer, sei o bem, mas não quero dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que eu sinto se transforma lentamente no que eu digo".

     Mas, para não fugir do tema post de hoje... Graças a Deus que Ele nos livra de certas pessoas e ambientes. Ele conhece bem a intenção dos nossos corações, inclusive o meu, que não aguento  injustiça.  Às vezes Ele não deixa que estejamos em certos lugares para nos evitar "certas situações", nos previne de falsos amigos que fingem gostar da gente, jogam verde, na tentativa de colher informações que os beneficiem de alguma maneira e nos prejudique. Amigos que lhe apertam a mão com uma agulha entre os dedos. Se formos a fundo na existência desses "amigos", veremos que o próprio apóstolo Paulo nos alertava sobre eles, há mais de dois mil anos quando disse em 2 Coríntios 11.26-28. "Estive continuamente viajando, enfrentei perigos nos desertos, perigos de assaltantes, dos meus patriotas e falsos amigos". Aqui, Paulo nos alerta dos perigos que podemos enfrentar na jornada do  deserto. Percebe se que ele se refere a perigos com assaltantes e com as águas dos rios e mares, que são perigos naturais e comuns em qualquer lugar, porém também fala dos perigos com seus compatriotas, aqueles que nasceram com ele, os de sua própria casa e dos falsos amigos.

     Deus nos livra de certos lugares e situações, a fim de nos poupar de tristezas e decepções,  quer nos livrar de falsos amigos que nos julgam erroneamente.

     Em Mateus 23.27-28, vemos o exemplo claro desse tipo de pessoas. " Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pois sois semelhantes ao sepulcro caiado, que por fora parecem formosos, mas interiormente estão cheio de ossos de mortos e toda imundícia, assim tambem vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheio de hipocrisia e falsidade".

     Tem momentos que parece que fomos esquecidos, deixados lááááááá no cantinho, no sótão, onde acumulam apenas o que não é usado mais, entretanto, da brechinha da porta semiaberta, ouvimos a doce voz do Senhor nos explicando que foi Ele quem nos escondeu dos falsos amigos, dos sepulcros caiados que estão ao nosso redor. Aí, ao invés de reclamarmos, nós agradecemos o privilégio de ficar escondidinho com Ele.

     Já perceberam o cuidado que alguns têm com os túmulos de seus amigos e familiares? Há uma grande preocupação em colocá-los em lugar de destaque, mantê-los limpos e ornamentados, tudo para esconder aquilo que é podre por dentro.

     Deus nos livra daqueles que dizem ser nossos "amigos", que  presenciaram a nossa  sobrevivência no deserto frio e solitário,  sem oferecer água ou abrigo,"amigos" que demonstram explicitamente insatisfação com sua saída do deserto.

     Pessoas acusadoras e caluniosas são invejosas e fingem de amigas, e escondem por trás de seus crachás, aquilo que já começou apodrecer e feder.